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Mostrando postagens de outubro, 2014

O CEMITÉRIO DE PRAGA

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ECO, Humberto, O cemitério de Praga . Rio de Janeiro: Record, 2013 ENREDO Os personagens são bizarros: um narrador extremamente preconceituoso e amoral, uma adepta do satanismo emocionalmente perturbada, um prior que já faleceu duas vezes, alguns corpos jogados no esgoto, um seguidor de Garibaldi, “consultas” psiquiátricas com o próprio Freud. Acontecimentos históricos e fantasias se misturam e o leitor leigo por vezes não sabe onde termina um e começa outro. O que se sabe do livro, procurando no Google, é que somente o protagonista é fictício e todos os outros personagens são verdadeiros. Mas como as ações do personagem fictício estão em primeiro plano, o que mesmo passa a ser verdadeiro? FRASES Alguém não disse que abusaram dos dois grandes narcóticos europeus, o álcool e o cristianismo? Pág. 16 E vão comer e beber o seu Senhor, para depois cagá-lo e mijá-lo. Pág.21 Os homens nunca fazem o mal tão completa e entusiasticamente como quando o fazem por

CARTA A UMA NAÇÃO CRISTÃ

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HARRIS, Sam. Carta a Uma Nação Cristã . Trad. Isa Mara Lando. São Paulo: Companhia das Letras, 2007 Prefácio A única superpotência mundial da atualidade está perto de ser dominada por eleitores que acreditam que o universo inteiro começou depois da domesticação do cão. pág. 11 Nota ao leitor A verdade é que muitos que afirmam ter sido transformados pelo amor de Cristo são intolerantes à crítica. pág. 13 É minha esperança que eles também comecem a perceber que o respeito que concedem às crenças religiosas em geral acaba por dar abrigo a extremistas de todas as religiões. pág. 15 Mais da metade da população americana acredita que o cosmos inteiro foi criado há 6 mil anos. Diga-se de passagem que mil anos antes disso os sumérios já tinham inventado a cola. pág. 16 Qualquer pessoa que se preocupe com o destino da civilização faria bem em reconhecer que a combinação de um grande poder com uma grande estupidez é simplesmente aterrorizante, até para os a

PÉROLAS DE MIA COUTO

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COUTO, Mia. O último voo do flamingo . 1ª. Ed – São Paulo: Companhia das letras, 2005 Os europeus, quando caminham, parecem pedir licença ao mundo. Pisam o chão com delicadeza mas, estranhamente, produzem muito barulho.   (Pág. 35) A vida, meu filho, é uma desilusionista. (Pág. 47) Desquelquerficado (Pág. 52) Aqueles caminhos tinham serviços que não eram os mesmos das ruas urbanas: pareciam feitos apenas para passarem sonhos e poentes. (Pág. 52) Se temos voz é para vazar sentimentos. Contudo, sentimento demasiado nos rouba a voz. (Pág. 111-112) Cada coisa tem o direito de ser uma palavra. Cada palavra tem o dever de não ser nenhuma coisa. (Pág. 135) Quando se quer limpar uma nação só se produzem sujidades. (Pág. 178) COUTO, Mia. O fio das miçangas . São Paulo: Companhia das letras, 2009 Antes eu não tinha hora. Agora perdi o tempo. (Pág.22) Ensinaram-me tanta vergonha em sentir prazer, que acabei sentindo prazer em ter vergonha.  (Pág.29)