Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2022

O ATEU E O SÁBIO, de Voltaire

Imagem
  A HISTÓRIA DE JENNI ou O ATEU E O SÁBIO Voltaire [ Eu li o livro Não tenho fé suficiente para ser ateu , de Norman Gei e achei extremamente fraco; li o livro Cândido ou o otimismo , de Voltaire e achei muito bom. Por isso quando “trombei” com esse livrinho chamado A história de Jenni ou o ateu e o sábio , de Voltaire, fiquei curiosa, comprei e o li em poucas horas. O que tenho a dizer é que esse livro, infelizmente, tem mais em comum com o livro do Norman Gei de que não gostei do que com esse outro, do mesmo Voltaire, que me agradou demais. Com trechos tirados do livro e meus comentários, entre colchetes, tento explicar por que achei esse livro tão ruim ] – O volume que li pertence à Coleção Grande Obras do Pensamento Universal, da editora Lafonte (São Paulo - SP). Publicado em 2021. Narradora [ Parece ser uma criada que acompanha o teísta e “testemunha” todos os acontecimentos da história narrada ] Começamos a fazer novenas à Santa Virgem de Manreza, o que é seguramente a melhor man

A LESTE DO ÉDEN - John Steinbeck

Imagem
Primeiro houve os índios, uma raça inferior sem energia, criatividade ou cultura. Depois os espanhóis duros e secos chegaram para explorar. Estes primeiros proprietários viviam em pobres povoamentos feudais. Quando os espanhóis chegaram tiveram de dar a tudo o que viam um nome. E então vieram os americanos. Tomaram as terras, refizeram as leis para garantir seus títulos de posse. O intervalo de tempo é uma questão estranha e contraditória na mente. São os tempos monótonos e parados que não têm nenhuma duração. De nada para nada não leva tempo algum. Um homem com medo é um animal perigoso. As pessoas são sentidas, mais do que vistas, depois dos primeiros momentos. As provas de que Deus não existe são muito fortes, mas para muita gente não são tão fortes quanto o sentimento de que Ele existe. Se um gene deformado ou um óvulo malformado são capazes de produzir monstros físicos, o mesmo processo não poderia produzir uma alma deformada? Para um homem nascido sem consciência, um homem com a

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO - À sombra das moças em flor

Imagem
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO Marcel Proust À SOMBRA DAS MOÇAS EM FLOR Os “emboras” e os “enquanto” são sempre “porquês” mal conhecidos. – 359 Poucas pessoas compreendem o caráter puramente subjetivo do fenômeno que é o amor, e a espécie de criação, que ele faz, de uma pessoa suplementar, distinta da que usa o mesmo nome na sociedade e a maioria de cujos elementos são tirados de nós próprios. – 382 Apenas, as imagens que um tal casamento por interesse representa ao interessado, como todas as imagens, precisam, para não desaparecer e se apagar de todo, ser alimentada de fora. – 383 Teoricamente, sabe-se que a Terra gira, mas de fato não nos apercebemos disso, o chão sobre o qual caminhamos parece não se mexer e vivemos tranquilos. O mesmo ocorre com o tempo na vida. – 393 Esforçava-se por discernir e amar, nessa gente, as qualidades que todo ser humano revela se é examinado com predisposição favorável e não com o desgosto dos exigentes. – 418 Só as pessoas incapazes de decompor, em sua perc

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO - No caminho de Swann

Imagem
EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO Marcel Proust NO CAMINHO DE SWANN O sr. Swann pai tinha sido corretor; o “filho Swann” deveria, portanto, fazer parte a vida inteira de uma casta em que as fortunas, como numa certa categoria de contribuintes, variavam entre tal e tal renda. Sabia-se quais tinham sido as relações de seu pai, sabia-se, desse modo, quais seriam as suas, que espécie de pessoas estaria “em condições” de frequentar. – 33 Mesmo do ponto de vista das coisas mais insignificantes da vida nós não somos um todo materialmente constituído, idêntico para todas as pessoas, nossa personalidade social é uma criação do pensamento alheio. – 35 Mas estou fazendo você perder seu tempo, minha filha. – Ora, não, sra. Octave. Meu tempo não é assim tão caro. Quem fez o tempo não o vendeu para a gente. Só vou ver se o fogo não se apagou. – 63 A fisionomia antipática e sublime da verdadeira bondade. – 84 A engenhosidade do primeiro romancista consistiu em compreender que, no aparelho das nossas emoções,