ESCRITURAS DA MENARCA
Andreia Pereira; Anna Miranda Miranda; Daniela Pace Devisate; Eunice Terres; Graziela Brum; Lídia Codo; Luiza Nilo Nunes; Maiara Gouveia; Mar Becker; Maria Valéria Rezende; Raquel Gaio
LUA DE MEL DE SANGUE
Daniela Pace Devisate
Já menos de cem anos
A noiva devia
Pendurar o lençol
Do dia seguinte
Com a mancha de sangue
Em público:
A prova de ser um objeto
Nunca antes utilizado
Em alguns casos
De propaganda enganosa
A moça era devolvida
À casa paterna
(ainda não tinham
Inventado o PROCOM)
POETA OU POETISA
Daniela Pace Devisate
Poetisa é tão lindo...
Rima com profetisa
Com sacerdotisa
Mas poeta
É minha forma predileta
As palavras são a granada
A detonar a mansarda
Do senhor patriarcal
Quero, exijo
Ser tratada como igual
A tia Dulcinéia me disse: - “na hora da contração, puxa todo o ar na força de uma onça, depois solta na calmaria de um córrego.”
“Uma mulher sempre tem mais força do que pensa”, me disse quando achei impossível continuar depois do parto. “A força está escondida nas raízes dos ossos”.
– Trechos do romance Jenipará, de Graziela Brum
Se feminismo fosse o oposto de machismo também seria repressão, violência e desrespeito contra o masculino. – Lídia Codo
E se eu não conseguisse ser tudo que eu acho que eu sou? - Lídia Codo
E a nudez é intolerável por isso reinventa veste & máscara. - Maiara Gouveia
Se feminismo fosse o oposto de machismo também seria repressão, violência e desrespeito contra o masculino. – Lídia Codo
E se eu não conseguisse ser tudo que eu acho que eu sou? - Lídia Codo
E a nudez é intolerável por isso reinventa veste & máscara. - Maiara Gouveia
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