O ANTICRISTO


Alguns nascem póstumos. O resto é a humanidade. – 11

Eu não sei entrar nem sair; eu sou tudo aquilo que não sabe entrar nem sair. – 13

O que é mais danoso do que qualquer vício? O cristianismo. – 14

O animal doméstico, o animal de rebanho, o animal doente homem – o cristão. – 15

Não há qualquer relação necessária entre evolução e elevação, intensificação, fortalecimento. – 16

O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, vil e malogrado. – 17

Senti essa corrupção com mais intensidade exatamente lá onde até agora se aspirou do modo mais consciente à “virtude”, à “divindade”. – 18

Nada é mais malsão, em meio à nossa malsã modernidade, que a compaixão cristã. – 20

O espírito puro é a pura mentira. – 21

Já se colocou a verdade de pernas para o ar quando o consciente advogado do nada e da negação é tido por representante da “verdade”. – 21

Eu desenterrei o instinto teológico por toda parte: ele é a forma de falsidade mais difundida, autenticamente subterrânea que há na Terra. Aquilo que um teólogo considera como verdadeiro deve ser falso: temos aí quase um critério de verdade. – 22

O êxito de Kant é meramente um êxito teológico: Kant foi mais um entrave à retidão alemã, já em si carente de firmeza. – 23

Kant tornou-se idiota – ele era contemporâneo de Goethe! Essa aranha funesta teve fama de filósofo alemão – ainda tem! ... Guardo-me de dizer o que penso dos alemães. – 25

Ele inventou uma razão expressamente para o caso em que não é preciso se preocupar com a razão. – 26

Como se o homem tivesse sido o grande propósito oculto da evolução animal. Ele não é de modo algum a coroa da criação. – 28

Tomado relativamente, o homem é o mais malogrado dos animais. – 28

O “espírito puro” é uma pura bobagem. – 29

Quem é o único a possuir razões para se esquivar mentirosamente da realidade? Quem sofre por sua causa. – 30

Um povo que ainda acredita em si mesmo ainda possui o seu próprio deus. Ele projeta seu prazer consigo mesmo, seu sentimento de poder em uma criatura à qual se possa agradecer por isso. – 31

Religião, dentro de tais pressupostos, é uma forma de gratidão. É-se grato por si mesmo: para isso se precisa de um deus. – 31

Deus, a forma para toda calúnia do “aquém”, para toda mentira do “além”! o nada divinizado em Deus, a vontade de nada santificada! – 35

Esse deplorável deus do monoteísmo cristão! – 36

Na doutrina de Buda, o egoísmo se torna dever. – 38

É cristão um certo sentido para a crueldade, contra si e contra outros; o ódio contra os que pensam diferente; a vontade de perseguir. – 39

Quando a fé é necessária acima de tudo, então é preciso desacreditar a razão, o conhecimento, a investigação. – 42

Para que o amor seja possível, Deus tem de ser uma pessoa; para que os instintos inferiores possam voz, Deus tem de ser jovem. Para o fervor das mulheres é preciso colocar um belo santo em primeiro plano, para o dos homens uma Maria. – 43

O amor é o estado em que o homem mais vê as coisas como elas não são. – 43

A mentira da ordem moral do mundo atravessa inclusive todo o desenvolvimento da filosofia moderna. – 48

O sacerdote abusa do nome de Deus: a um estado de coisas em que o sacerdote determina do valor das coisas ele chama “reino de Deus”; aos meios pelos quais alcança ou mantém tal estado, “a vontade divina. – 48

A “vontade de Deus”, ou seja, as condições para a conservação do poder do sacerdote, precisa ser conhecida. – 49

O sacerdote formulou de uma vez por todas, com rigor, com pedantismo, chegando até aos pequenos e grandes impostos que lhe deviam ser pagos (sem esquecer os mais saborosos pedaços de carne: pois o sacerdote é um devorador de bifes), o que ele quer ter, “qual a vontade de Deus”. – 49

Em todos os acontecimentos naturais da vida, no nascimento, no casamento, na doença, na morte, para não falar do sacrifício (“a refeição”), eis que aparece o santo parasita para desnaturá-los. – 49

Cristianismo, uma forma até agora não ultrapassada de hostilidade mortal à realidade. – 51

Que me importam a contradições da “tradição”? Como é que lendas de santos podem ser chamadas de “tradição”? – 53

Para a sua explicação do tipo Jesus, o senhor Renan, esse palhaço in psychologicis, apresentou os dois conceitos mais descabidos que poderá haver aqui: o conceito de gênio e o conceito de herói. – 54

Epicuro, um decadente típico: fui o primeiro a reconhece-lo como tal. – 56

Não subestimemos o proprium de toda grande veneração sectária: ela apaga os traços e as idiossincrasias originais, com frequência embaraçosamente estranhos, da criatura venerada – ela nem sequer os vê. – 57

O fato de que nenhuma palavra seja tomada ao pé da letra é justamente a precondição para que esse anti-realista [o cristianismo] chegue a dizer algo. – 59

Poderíamos chamar Jesus de um “espírito livre” – nada que é sólido lhe importa. [...] o seu saber é justamente a pura tolice. Ele não conhece a cultura nem de ouvir dizer. – 60

Se entendo alguma coisa desse grande simbolista, então é o fato de que ele apenas tomou realidades interiores por realidades, por “verdades” – de que ele entendeu o resto, tudo o que é natural, temporal, espacial e histórico apenas como símbolo, como ocasião para parábolas. – 64

Fico com vergonha ao me lembrar do que a igreja fez desse simbolismo: ela não pôs uma história de Anfitrião no limiar da “fé” cristã? E, ainda por cima, um dogma da “imaculada concepção”? ... Mas com isso ela maculou a concepção. – 64/65

Quem procurasse por sinais de que uma irônica divindade mexe os dedos por trás do grande teatro do mundo encontraria um apoio nada pequeno no formidável ponto de interrogação que se chama cristianismo. – 67

Que a humanidade esteja de joelhos diante do oposto do que foi a gênese, o sentido, o direito do evangelho, que ela tenha santificado no conceito “Igreja” justamente aquilo que o “bom mensageiro” considerava abaixo de si, que julgava ter deixado atrás de si – procura-se em vão por uma forma maior de ironia histórico-universal. – 67

A história do cristianismo – a partir da morte na cruz – é a história do mal-entendido, passo a passo mais grosseiro, de um simbolismo original. – 68

O destino do cristianismo reside na necessidade que teve sua fé de se tornar tão doente, tão vil e vulgar quanto eram doentes, vis e vulgares as carências que com ela deveriam ser satisfeitas. – 68

Há dias em que me atormenta um sentimento mais negro que a mais negríssima melancolia – o desprezo pelo homem. – 69

Atravesso o mundo-manicômio de milênios inteiros, chame-se ele “cristianismo”, “”fé cristã” ou “Igreja cristã”, com uma cautela sombria – guardo-me de responsabilizar a humanidade por suas doenças mentais. – 69

O que no passado era apenas doente, hoje se torna indecente – hoje é indecente ser cristão. E aqui começa meu nojo. – 69

Hoje é preciso saber que um teólogo, um sacerdote, um papa, não apenas erra a cada frase que pronuncia, mas mente. – 69

O próprio sacerdote é reconhecido como aquilo que é, como a mais perigosa espécie de parasita, como a verdadeira aranha venenosa da vida... – 70

Os conceitos “além”, “juízo final”, “imortalidade da alma”, a própria “alma”; isso são instrumentos de tortura, são sistemas de crueldades graças aos quais o sacerdote se tornou senhor, permaneceu senhor... Todo mundo sabe disso. – 70

Que aborto de falsidade deve ser o homem moderno para que, apesar disso, não se envergonhe de ainda se chamar cristão! – 70

No fundo, houve apenas um cristão, e esse morreu na cruz. – 71

No mundo de ideias do cristão não se encontra nada que sequer chegue a tocar a realidade. – 72

Tire-se um só conceito daqui, coloque-se uma única realidade em seu lugar – e o cristianismo inteiro se precipitará ao nada! – 72

Não subestimemos, pois, o cristão: o cristão, falso ao ponto de ser inocente, está muito acima do macaco. – 72

O destino do evangelho decidiu-se com a morte – ele pendeu da “cruz”. – 73

“Quem o matou? Quem era o seu inimigo natural?” – Resposta: o judaísmo dominante, sua camada mais alta. – 73

Precisamente o menos evangélico dos sentimentos, a vingança, prevaleceu outra vez. – 74

Precisava-se de “retaliação”, “julgamento” (e, no entanto, o que pode ser menos evangélico do que “retaliação”, “castigo”, “julgamento”!) – 74

Foi somente então que se introduziu no tipo de mestre todo o desprezo e toda a amargura contra os fariseus e teólogos – e com isso se fez dele um fariseu e um teólogo. – 74

“Como Deus pôde permitir isso?”. A razão perturbada da pequena comunidade achou uma reposta terrivelmente absurda: Deus deu o seu filho para o perdão dos pecados, em sacrifício. – 75

O sacrifício expiatório, e precisamente em sua forma mais repulsiva, mais bárbara. Que paganismo medonho! – 75

Paulo logicizou essa concepção, essa obscenidade de concepção, com aquele descaramento rabínico que o distingue em tudo: “Se Cristo não ressuscitou dos mortos, logo é vã a nossa fé”. – E de um só golpe se fez do evangelho a mais desprezível de todas as promessas irrealizáveis, a doutrina desavergonhada da imoralidade pessoal. – 75

O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada. – 76

Em Paulo se corporifica o tipo oposto ao “bom mensageiro”, o gênio no ódio, na visão do ódio, na lógica implacável do ódio. Quantas coisas esse disangelista não sacrificou ao ódio! Sobretudo o Redentor: Ele o pregou na sua cruz. – 76

A Igreja falsificou inclusive a história da humanidade, transformando-a em pré-história do cristianismo. – 76

Paulo queria os fins; logo, também queria os meios... No que ele mesmo não acreditava, os idiotas, entre os quais lançou sua doutrina, acreditaram. – A sua necessidade era o poder. – 77

Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida, mas no “além” – no nada –, então se priva a vida de qualquer centro de gravidade. – 78

Viver de tal modo que não há mais sentido em viver: isso se torna agora o “sentido” da vida... – 78

Para que espírito comunitário, para que continuar sendo grato com a ascendência e os antepassados, para que colaborar, confiar, promover algum bem comum e tê-lo em vista? – 78

“Uma só coisa é necessária”. O fato de que todos, cada indivíduo possa reivindicar uma importância eterna, de que pequenos beatos e malucos três-quartos possam imaginar que por sua causa as leis da natureza serão constantemente infringidas. – 78

Semelhante intensificação até ao infinito, até a desvergonha, de toda espécie de egoísmo não pode ser estigmatizada com o suficiente desprezo. – 78

E, no entanto, o cristianismo deve sua vitória a essa deplorável adulação da vaidade pessoal. – 78

A “imortalidade” concedida a todo Pedro e Paulo foi até agora o maior, o mais maligno atentado contra a humanidade. – 79

Como o refinamento par excellence, como gênio artístico na corrupção psicológica. Os evangelhos não têm par. A bíblia, sobretudo, não admite qualquer comparação. – 80

No cristianismo, entendido como a arte de mentir santamente, o judaísmo inteiro, um exercício preliminar e uma técnica judaicos conduzidos com a maior seriedade por vários séculos alcança a sua maestria. – 80

“Não julgueis!”, dizem eles, mas mandam para o inferno tudo que estiver em seu caminho. – 81

Eles colocaram a si próprios, a “comunidade”, os “bons e os justos”, de um lado, o da “verdade” – e o resto, o “mundo”, do outro... Essa foi a mais funesta espécie de megalomania que houve até agora na Terra. – 81/82

Paulo foi o maior de todos os apóstolos da vingança. – 85

O que se conclui disso? Que se faz bem ao calçar luvas quando se lê o Novo Testamento. A proximidade de tanta imundície quase obriga a tanto. – 86

Todo livro se torna limpo quando se acabou de ler o Novo Testamento. – 86

Não se lê o Novo Testamento sem uma predileção por aquilo que nele é maltratado. – 86

Mas mesmo fariseus e escribas tiram a sua vantagem de tal antagonismo: eles devem ter tido lá o seu valor para serem odiados de uma maneira tão indecente. – 86/87

Moral: toda palavra na boca de um “cristão primitivo” é uma mentira, todo ato que ele pratica é uma falsidade instintiva. – 87

Caso nos provassem esse deus dos cristãos, acreditaríamos nele menos ainda. – 88

Uma religião como o cristianismo, que não toca a realidade em ponto algum, tem de ser obviamente inimiga mortal da “sabedoria do mundo”, quer dizer, da ciência. – 88

A “fé” como imperativo é o veto contra a ciência. – 88

Deus, conforme Paulo o criou, é a negação de Deus. – 88

Na verdade, não se é filólogo e médico sem ao mesmo tempo anticristão. – 88/89

Contra o tédio, mesmo os deuses lutam em vão. – 90

“da mulher provém toda desgraça do mundo”. – 90

“Logo, a ciência também provém dela”. – 90

Apenas através da mulher o homem aprendeu a saborear da árvore do conhecimento. – 90

A ciência é o primeiro pecado, o pecado original. – 90


Como se defender da ciência? Resposta: fora do paraíso com o homem. – 91

O homem não dever pensar. Apesar disso a obra do conhecimento se eleva. O que fazer? O velho Deus inventa a guerra. – 91

Os sacerdotes sempre tiveram necessidade da guerra. – 91

O conhecimento aumenta apesar da guerra. O homem se tornou científico, é preciso afogá-lo. – 91

O sacerdote conhece apenas um grande perigo: a ciência. – 92

Para “conhecer” é preciso ter tempo, é preciso ter espírito de sobra. Logo, é preciso fazer o homem infeliz. – 92

Os conceitos de culpa e castigo, a inteira “moral do mundo”, foram inventados contra a ciência. – 92

O homem deve sofrer, e deve sofrer de tal modo que sempre tenha necessidade do sacerdote. – 92

Os conceitos de culpa e castigo, incluída a doutrina da “graça”, da “redenção”, do “perdão”, são invenções. – 92

Um atentado de sacerdotes! Um atentado de parasitas! Um vampirismo de pálidos e subterrâneos sugadores de sangue! – 92

Por meio da invenção do pecado, o sacerdote domina. – 93

Se ainda hoje não faltam aqueles que não sabem em que medida é indecente ser “crente”, parece que há entre cristãos uma espécie de critério de verdade que se chama “a prova da força”. “A fé torna bem-aventurado: portanto, é verdadeira. – 94

A prova do “prazer” é uma prova a favor do “prazer” – nada mais; onde, por tudo neste mundo, está fixado que precisamente juízos verdadeiros geram mais contentamento do que falsos e trazem necessariamente consigo sensações agradáveis? – 94/95

A experiência ensina o contrário. – 95

O serviço da verdade é o serviço mais duro. A fé torna bem-aventurado: logo, ela mente... – 95

Que a fé às vezes torne bem-aventurado, que a bem-aventurança não consiga transformar uma ideia fixa em uma ideia verdadeira, que a fé não remova montanhas mas talvez promova o seu aparecimento onde não existem: um ligeiro passeio por um manicômio esclarece essas questões a contento. – 96

O cristianismo necessita da doença, mais ou menos como os gregos necessitam de um excedente de saúde. – 96

O “mundo interior” do homem religioso se parece tanto com o “mundo interior” dos neurastênicos e esgotados que se pode tomar um pelo outro. – 96

Ninguém é livre para se tornar cristão: não se é “convertido” ao cristianismo – é preciso ser doente o bastante para tanto. – 97

Até agora, o cristianismo foi a maior desgraça da humanidade. – 98

Pelo fato de que a doença pertence à essência do cristianismo, o típico estado cristão, “a fé”, tem de ser uma forma de doença. – 99

Todos os caminhos para o conhecimento têm de ser recusados pela Igreja como caminhos proibidos. Já a dúvida é um pecado... – 99

“Fé” significa não querer saber o que é verdadeiro. – 99

A compulsão à mentira – nisso percebo todo aquele predestinado a ser teólogo. – 99

A maneira que um teólogo, seja em Berlim ou em Roma, interpreta uma “passagem da escritura” ou uma experiência, uma vitória do exército de seu país, por exemplo, à suprema luz dos salmos de Davi, é sempre de tal modo atrevida que faz um filólogo arrancar os cabelos. – 100

Um deus que cura do resfriado no momento oportuno, ou que nos manda subir na carruagem no exato instante em que começa a cair um temporal, nos deveria parecer tão absurdo que teria de ser eliminado, mesmo que existisse. – 100

Que mártires provem algo em favor da verdade de uma causa é tão pouco verdadeiro que eu gostaria de negar que alguma vez um mártir teve qualquer coisa a ver com a verdade. – 101

A verdade não é algo que uma pessoa pode ter e outra não. – 101

Não nos deixemos enganar: grandes espíritos são céticos. – 103

A fortaleza, a liberdade haurida da força e do excesso de força do espírito se prova pelo ceticismo. – 103

O homem de “fé”, o “crente” de qualquer espécie, é necessariamente um homem dependente. – 103

O crente não é livre para ter uma consciência acerca do “verdadeiro” e do “falso”: ser honesto nesse ponto seria a sua ruína imediata. – 104

Esse não querer ver o que se vê, esse não querer ver da maneira que se vê, é quase a condição primeira de todos que são partidários em algum sentido: o homem de partido se torna necessariamente mentiroso. – 105

Respeito por todos que têm convicções! – ouvi coisas assim até da boca de antissemitas. Pelo contrário, meus senhores! Um antissemita não se torna de modo algum mais decente pelo fato de mentir por princípio. – 106

O crítico do cristianismo não pode se poupar de tornar o cristianismo desprezível. – 110

O cristianismo foi o vampiro do imperium Romanum. – 116

Estaríamos completamente enganados ao pressupor alguma falta de inteligência por parte dos líderes do movimento cristão: oh, eles são espertos, espertos até a santidade, esses senhores Padres da Igreja! O que lhes falta é algo bem diferente. A natureza os negligenciou – ela esqueceu de lhes dar um dote modesto de instintos respeitáveis, decentes, limpos... cá entre nós, eles nem sequer são homens. – 119

O cristianismo nos privou da colheita da cultura antiga, posteriormente nos privou também da colheita da cultura islâmica. – 120

Os cruzados combateram algo diante do que lhes teria sido mais adequado deitarem-se na poeira. – 120

Todavia, eles queriam fazer pilhagem: o Oriente era rico... Sejamos francos! As cruzadas – a suprema pirataria, nada mais! – 120

Que a Igreja tenha travado sua guerra de hostilidade mortal com tudo que é nobre na Terra justamente com o auxílio de espadas alemãs, da coragem e do sangue alemães! – 120

Abolir qualquer calamidade iria contra o seu interesse mais profundo – ela vive de calamidades, ela cria calamidades para se eternizar. – 124

Chamo o cristianismo de a única grande maldição, a única grande corrupção e a mais profunda, o único grande instinto de vingança, para o qual nenhum meio é venenoso, dissimulado, subterrâneo, pequeno o bastante – chamo-o de a única mácula imortal da humanidade. – 125

A mais viciosa espécie de homem é o sacerdote: ele ensina a antinatureza. – 126

Toda participação em um ofício religioso é um atentado à moralidade pública. – 126

O que há de criminoso no fato de ser cristão aumente à medida que alguém se aproxima da ciência. O criminoso dos criminosos, portanto, é o filósofo. – 126

A história “sagrada” deve ser chamada pelo nome que merece, o de história maldita. – 127

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

GÊNEROS LITERÁRIOS - Angélica Soares

O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS - Douglas Adams

DO GROTESCO E DO SUBLIME de Victor Hugo